Olá pessoas, bom dia. Recentemente percebi que o número de acessos ao blog está pequeno, resolvi então falar sobre um assunto mais polêmico e que agrade às massas... Big Brother.
Na semana passada enquanto assistia ao programa do CQC vi uma reportagem falando sobre uma cartilha do MEC onde algumas frases estavam escritas em linguagem informal, pra não dizer "errada". Houver certa polêmica sobre o assunto, onde um lado aprova a iniciativa governamental e outro lado repudia.
http://www.youtube.com/watch?v=X4e9W6vy62U (reportagem CQC)
A essa altura, alguém já deve estar se perguntando qual a relação dessa história com o Big Brother, pois bem, eu explico... o grande irmão ao qual me refiro não é aquela galhofa infame que passa na TV, mas sim o "olho" que tudo vê na obra "1984" de George Orwell (Há... pegadinha do malandro.. yeah yeah)
Ocorre que, na história do livro, um estado ditatorial manipula e mantém as pessoas inertes e levando suas vidas medíocres com punhos de ferro. O controle sobre meios de comunicação e repressão a qualquer tipo de oposição deixa todos calados, quietos e anestesiados.
Um artifício muito interessante utilizado pelo estado é a manipulação através da língua. O romance descreve como aquele regime fascista, de maneira paulatina, vai minando a linguagem e escrita do país. Retirando algumas palavras, abolindo verbetes, etc, você vai tirando a capacidade plena com que as pessoas conseguem se comunicar. É como se não existisse, por exemplo, a palavra "morte", mas somente "não vivo", ou ainda, não existe "preto" mas somente o "branco" e o "não branco". Pessoas que conhecem de marketing entenderão isso com mais facilidade.
E mais importante do que você dificultar cada vez mais a comunicação, é a maneira como isso afeta a cultura e capacidade de pensar das pessoas. Uma das maiores expressões de um povo é sua língua, e uma vez que você debilita essa manifestação, a própria identidade cultural tende a enfraquecer. Assim, como a cultura vai morrendo, a linguagem também vai morrendo, o pensamento, o raciocínio e a reflexão. É um ambiente perfeito para um estado manipulador e corrupto. Você terá pessoas ignorantes, incultas e sem percepção do mundo ao seu redor, daí as coisas ficam "não fáceis".
Dito isso, eu pergunto: como alguém que escreveu um livro na década de 40, e mais de 60 anos depois ainda continua atual?
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